segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Idas e vinda pelas ruas e metrôs de Santiago

    Como foi bom a gente conhecer outros países e lugares incríveis como a vinícola Undurraga, Pátio Bella Vista, Museu Pablo Neruda, subir no bondinho Funicular instalado no Serro San Cristobal e depois, o Restaurante Giratório. Como foi bom conhecer novas pessoas, sua forma de acolher, sua cultura. Como foi bom renovarmos e sentirmos o espírito se fortalecer com esses novos ares. Como foi bom absorver tudo ao redor, sonhar, poder refletir e sentir naquelas plagas de língua castelhana tamanha satisfação. Como foi bom o tour pelo Chile e Buenos Aires, ah, se foi... E não há coisa melhor de se fazer do que viajar, degustar com os olhos a beleza da natureza ou o universo em si, pois no ar ou na terra, a gente renasce, voltamos a ser criança e desfrutamos da alegria de todos aqueles que participaram do IV Encontro Internacional de Ciências, Tecnologias, Literatura e Meio Ambiente, tornando aquele momento, único.
    No último dia quando fomos a Universidade de Santiago do Chile para pegar nossos certificados de participação naquele Encontro, na ida, pegamos um táxi e na volta, o metrô, cuja parada, ficava bem em frente à Universidade. Era uma quarta-feira, e nós tínhamos levantado bem cedo, já que, além de receber os Certificados, precisávamos entregar nosso material, resumo do trabalho, livros e DVD ao Coordenador Geral do Encontro, o professor chileno Eduardo Devés.
    Deixamos a Universidade fomos direto a Estação Central para pegar o metrô. Como no Chile o povo usa muito este tipo de locomoção, logo à entrada vimos um aglomerado de pessoas descendo as escadas e andando rápido rumo às plataformas, mas duas cenas me chamaram à atenção, a primeira foi um grupo de jovens oriundas da Argentina, uma aparentava mais velha que as outras duas. A loira do grupo desceu da escada rapidamente deixando as outras para trás, bem no momento que um metrô passava, fazendo-a segurar o vestido para que não subisse com o vento. Ponderei e esperei para ver onde a história terminaria. Já havia demorado tanto, o que seriam mais alguns minutos? As outras duas jovens também desceram a escada, depois, uma parou frente à outra e se entreolharam. A loira exclamou “é o ultimo dia nosso aqui? Pergunta de loira. Ah, deixa pra lá. Respondeu a outra. Ela se afastou um pouco para dar privacidade para as amigas e transformar-se numa espécie de platéia, assim como eu, curioso que sou. Só as pessoas que me acompanhavam não observaram. Vi a troca de olhares entre as duas jovens, e, como se não houvesse mais ninguém ao redor, as duas se abraçaram, e de olhos fechados, ficaram ali, no meio da estação, enquanto as pessoas passavam. Parecia que o tempo não passava para elas, enquanto sussurravam algum tipo de promessa. Agucei o ouvido para ouvir o que elas urdiam, mas o vozerio e barulho do metrô roçando os trilhos me impediam de ouvir.
    Quanto a despedidas, já estava bastante acostumado, mas aquela parecia diferente. Não, aparentemente era um abraço de duas pessoas que se gostavam muito, mas os olhares trocados antes queriam dizer algo a mais. Quando se soltaram do abraço, olharam nos olhos uma da outra, para selar a tal promessa. As duas tinham a boca trancada, talvez para segurar as lágrimas, talvez por que o momento não pedisse palavras. Uma delas se afastou e a loira deu um abraço na outra. Não, não era a mesma coisa, pude perceber. O trem passou inversamente do outro lado da estação. Um barulho infernal. A menina que havia se afastado deu uma última olhada para a outra, sorriu, virou-se e seguiu decidida para o vagão, seguida pela loira, que lhe dizia algo que também não pude ouvir, enquanto a outra ficava sozinha parada no meio da estação.
    A porta do vagão fechou-se e o metrô saiu veloz, levando as amigas e promessas. A menina que havia ficado, virou-se e saiu caminhando desaparecendo no meio do povo que se aglomerava na plataforma. Dava para notar que seu rosto era uma mistura de alegria pelo encontro e tristeza pela despedida.
    Pois bem. Eu disse no preâmbulo que duas cenas tinham me chamado à atenção. Então, vamos à segunda. As pessoas que estavam comigo nunca tinham se locomovido através desse sistema de transporte elétrico. Todavia, nem sempre pensamos do jeito que queremos, mas temos que saber como encontrar a alegria e aproveitar os momentos bons, e passear de metrô era um desses momentos. Mas não foi isso que eu percebi dentro dele. Além das argentinas que continuavam caladas, notei que uma das pessoas que me acompanhava e que me abstenho de dizer o nome, estava agarrada no suporte como se fossa um carrapato. O medo estava estampado em seu rosto e era visível uma palidez. Contava as plataformas com receio de a gente passar do lugar. Estávamos indo para a plataforma Sant-Leonis, a duas quadras onde a gente tinha se hospedado. Nesse momento, a porta do vagão se abre. Ufa! Disse ela. Saímos e com passos rápidos chegamos ao portal de saída. Coincidência ou não, quando subia eu vi novamente aquela loira, que minutos atrás, tinha se despedido de sua amiga na Plataforma Central, e com o pensamento alhures, ela subia os degraus parecendo contá-los um por um. Olhei para ela e para o rosto de minhas acompanhantes. Foi à última cena que vi, antes de chegar ao hotel e cansado, deleitei-me sobre a cama e em segundos dormi, mas esperançoso, no dia seguinte, voltar ao metrô e visitar outros pontos turísticos e conhecer novas estações. VANDERLAN DOMINGOS DE SOUZA, É presidente da Visão Ambiental, advogado, escritor e cronista.









O GRITO SILENCIOSO DA MÃE NATUREZA.

(Crônica: Uma análise crítica relativa ao meio ambiente). Texto e vídeo apresentados na Universidade de Santiago do Chile em 10 de outubro de 2015. O vídeo poderá ser encontrado no YouTube ou no meu BLOG.

Quero que fique bem claro que eu não pretendo falar aqui neste vídeo dos oráculos, dos místicos que na trilha do silêncio percorrem a busca de Deus. Nem me interessa neste momento citar poderes mágicos, meditações, separar culturas, credos religiosos e seitas. Também não quero questionar aqui, o silêncio, ausência de sons, que podem representar emoções, sentimentos, desagrado ou introspecções. O que escrevo pode ter acontecido num dia qualquer, numa tarde quente ou fria, antes do sol nascer ou se pôr. Preocupado com a mãe natureza caminhei por uma estrada que serpenteava no meio das plantações de milho ainda com pendo dando, e mais adiante, embrenhei-me por entre um canteiro de flores nativas criadas pela própria natureza, todas esparsas, que se alinhava à beira de estrada de chão batido, e no meio do roseiral, um pé de Ipê cujas flores caiam sobre a relva formando um tapete colorido, mágico, que resistiam as intempéries do tempo. À medida que o cerrado ia se aproximando, observei que a estrada se tornava mais retilínea, deixando de ser monótona. Já se ouvia o canto dos pássaros, um bando de araras que passavam voando alinhadas emitindo gritos roucos, enquanto as emas com suas pernas longas se assustavam com o ronco dos motores saindo em desabaladas carreiras cortando o capim e galhos secos que já eram visíveis naquele belo Parque Ambiental. 

No silêncio daquelas estradas, em pleno solstício de verão, a natureza parecia oprimida, alguns animais passavam sorrateiros, uns se arrastavam lentos pelo chão, outros velozes, mas todos com trejeitos e trotões diferentes, sem atitudes repetidas, demonstrando certo medo da presença dos humanos que visitavam o Parque. Alguns animais pereciam ter vindo de uma mata distante, de um brejal, de um buraco, ou das cercanias de uma serra que meus olhos conseguiam ver bem distante. A quantidade de animais solto naquelas pradarias era tanta que me deixava boquiaberto. Fora do alcance da visão deles tentava interpretar cada ação, cada movimento, porém, era fácil compreender que para eles não existiam dia, noite, sol, frio, ontem ou amanhã, e não eram sonâmbulos, nem robôs. Tinham pernas, braços, corpo cheio de pelos e penas, e nem eram estranhos para nós. Estavam sob a nossa proteção naquele parque de preservação ambiental. Um grito podia ecoar pelos campos e assustá-los ou até para aqueles que viam o ser humano pela primeira vez, mas, por incrível que pareça, alguns animais passavam perto das pessoas se fazendo de surdos e surdos seguiam seus caminhos. Conheciam o seu habitat.

O trânsito de pessoas, pouco a pouco, foi se acumulando e quando cheguei a um cruzamento de estradas vicinais aí vi que a coisa piorou! Não era um estrangulamento qualquer. Era muita gente e esquisitas mesmo! Saíam de todos os lados. Algumas se moviam lentamente, outras paravam, e depois, andavam sem compasso, e preguiçosamente, mais adiante, paravam novamente. Aquilo me deixava atônito. Uns iam e voltavam levando e trazendo nos braços espingardas, machados e motosserras. Outros, com trouxas nas costas seguiam sem rumo naquelas pradarias em busca do improvável. As estradas, ora serpenteadas, ora retilíneas, pareciam ter sido construídas para loucos, mas eu não era louco e o que eu estava fazendo lá? Será que estava sonhando? E era um sonho mesmo, pois acordei em sobressaltos. Então, se tudo eram apenas sonhos o fato é que tive de acalmar meu coração com um gole d’água. E foi aí que me lembrei de minha alma de poeta e dizem que todo poeta tem um pouco de louco, ainda mais quando se procura sinais primaveris em épocas de verão ou inverno para captar inspirações e escrever loucuras poéticas. Mas antes que eu acordasse daquele sonho, observei que a impaciência continuava a buzinar no meu ouvido direito e o esquerdo que era mais paciente, nem respondia, mas, as loucuras impacientes entraram em confronto para tumultuar transformando numa zoeira danada, misturando vozes humanas com os sons estridentes de tiros, barulhos de motosserra e berros metálicos que vinham da única mata sobrevivente que se avivou no meu sonho naquela noite fatídica.

Com o coração batendo mais compassadamente e no afã de levar uma mensagem deste rincão brasileiro levantei-me devagarzinho e me postei diante do monitor. Comecei a escrever, amparado por um silêncio total. Lembrei-me dos momentos em que visitei várias regiões onde me deparava com imensas queimadas e terras totalmente devastadas pelos arados. Mas hoje, vivendo no mundo real senti a impaciência nervosa e a quase paciente protestarem em conjunto, porque a natureza está em perigo constante. E aí forcei a minha memória e captei de meu subconsciente alguns flashes daquele sonho. Seguidamente vieram as vozes roucas daqueles seres humanos esquisitos, os tiros, golpes de machado e os berros metálicos que se multiplicavam. Parei. Dei uma pausa. Lembrei-me de quando era um menino inocente e sonhador, que criava frases às vezes sem nexo, mas, quando embebido de amor extraído dos quintais cheio de flores e frutos, sequer sabia que existia entre o medo e emoção, o gosto do pecado e a certeza da paixão... No meu recanto nostálgico, eu ouvia, às vezes, nas tardes silenciosas, o canto de um Curiango vindo do pé da serra, não tão longínquo que era logo respondido por outro. Ora, o outro, então, era um galo que cantava e a quem logo respondia, como num eco, um cocoricó distante, esganiçado e simpático de um galinho novato e aprendiz, que eu o chamava de Barnabé. E de novo o silêncio caía sobre a gente como um cobertor macio, o cocoricó..., se esticando, se esticando, perdendo-se num adormecer suave e brumoso em que se misturavam a realidade e o sonho. 

Vi que terra pedia socorro. Atônito, não tive alternativa senão em usar as asas da imaginação com o fito de alertar a humanidade. Em segundos me vi novamente vagando pelo espaço sideral e num vôo alado, esquisito, passei por lugares distantes, inimagináveis, e sustentado pela força da gravidade ia fotografando tudo que via pela frente e lá de cima vislumbrava a amplitude do universo que nem sabemos ter fim. As nuvens nem se assustavam com aqueles pares de asas brancas encorpadas num ser humano, mas, pareciam entender que cada uma levava consigo uma esperança,   ilusão, mágoa, ansiedade e medo. O corpo voava mansamente rumo norte, cuja rota sequer tinha planilhas de vôo. Era apenas um corpo vagando pelo espaço de olho na natureza e com flashes certeiros fotografava oceanos, serras, milhares de meandros, savanas, lagos, matas e dezenas de rios que desaguavam  no mar. Num serrado ingente circundado por densa mata brotavam imensas queimadas que sustadas pelo vento se alastravam, soltando aspirais de    fumaça que se misturavam com as nuvens, cujo fogo devastava os últimos resquícios de verde, deixando-os esbatidos sobre a terra que chorava de dor. Aflito, observei o homem atiçando fogo que queimava a terra com suas chamas ardentes, e de forma implacável, aquele imenso serrado e matas, silenciosos, quedavam-se sobre a terra. 

Na ânsia de preparar o plantio, o desmatamento para ampliação de sua lavoura, a limpeza de um pasto e ou mesmo colheita manual de cana-de-açúcar é que faz o homem atiçar fogo na área, destruindo a fauna e flora, empobrecendo o solo, reduzindo a penetração de água no subsolo e, em certas situações, causam mortes, acidentes e perdas de propriedades. Não obstante tudo isso, o que mais me assusta é a poluição atmosférica com prejuízos consideráveis à saúde de milhões de pessoas. As queimadas são associadas com modificações da composição química da atmosfera e mesmo do clima do planeta que a cada dia nos sufoca. A terra parece estar em transe e com seqüelas deixando a população mundial vulnerável, não restando ao homem  alternativa senão em buscar como último ato evocar a proteção de Deus, pois se sabe que ela ainda não está preparada  espiritualmente para receber os efeitos danosos do aquecimento global. 

Usando as asas da imaginação como forma de alertar o leitor percorri também a estrada da vida e durante o voo pude vislumbrar momentos de desespero em face dos desastres naturais provocados pelo próprio homem. Foi  através dessa viajem  imaginária, observando os erros e acertos em várias partes do mundo, não cheguei a nenhuma conclusão fática em relação à ação humana, mas, imbuído do desiderato de bem informá-lo e de haver encontrado ao longo dessa “viajem” o amor e ver realizados alguns sonhos, muitas vezes, cheios de nuances, que dificultam ao homem alcançar outros sonhos e objetivos antes de chegar ao final da viajem, mesmo quando  ele usa apenas as asas da imaginação.

Noutras regiões do planeta o homem desmatava, sugava areias dos rios, poluía o ambiente com seus milhões de veículos e grandes indústrias que soltavam gases poluentes de suas chaminés, jogando-os na  atmosfera,  formando no espaço o dióxido de carbono que provoca o efeito estufa. E foi aí que passei a entender porque tanto se noticia sobre aquecimento global. Entretanto, não adianta fugir dessa realidade. As atitudes demonstradas por cada ser humano, por mais que isso venha afligir a nossa terra,   considero que essa demonstração de descaso, caso não seja combatido, continuará sendo apenas uma gota de orvalho que não tem mãos para levantar aos céus e pedir ajuda ao Criador, pois rapidamente se evapora sob os raios de sol.

Em resumo, hão de se convir que hoje exista uma complexidade ambiental que demanda uma análise profunda da forma como o ser humano ter se relacionado com ela. A Terra, alvo de exploração por uma sociedade apoiada na ideologia modernista, tanto cientificamente como econômica e de forma ilimitada, caracterizada pelo aumento do consumo, a natureza, convertida em recursos para os processos produtivos e objeto de intensa agressão, como se vê nas imagens, começa a dar sinais de exaustão. Se formos destacar os impactos ambientais provocados pela atividade humana podemos incluir: o aquecimento global, a devastação de florestas, a contaminação dos recursos hídricos, o aumento de resíduos poluidores, a perda da biodiversidade, a poluição atmosférica com emissão de gases de chaminés das fábricas e veículos, os quais repercutem negativamente na qualidade de vida de toda a sociedade. O cenário que coloco neste texto acompanhado de imagens exige uma postura ativa dos que exercem a Administração Pública, com a aplicação do direito ambiental. Contudo, a sua abordagem dominante enfatiza a perspectiva legalista, abstrata, marcada pela racionalidade técnico-formal, que se revela insuficiente para tratar desta cruciante situação que vive o meio ambiente, assim como, em outras dimensões, como a social, ética, política e cultural. O mundo, com relação ao meio ambiente passa por um momento de reflexão e todos, ambientalistas ou não, terão que identificar de forma interdisciplinar as contradições de uma sociedade e verificarem as possibilidades reais de sua superação. Concordamos quando Horkheimer afirma: “A sociedade atual é dominado por uma racionalidade capitalista, utiliza a natureza de acordo com seus interesses”, fato que tem caracterizado a destruição do meio ambiente externo e a dominação interna do homem que encontra dificuldades para superar esta situação. Concordamos também que deve haver uma abordagem crítica do direito ambiental de modo que venha permitir formular, discutir e enfrentar de uma maneira mais consciente e precisa os problemas ambientais contemplando as suas especificidades sem perder de vista as conexões entre as diversas dimensões da questão e sem que isto signifique uma teoria abstrata e acabada, mas algo que possa ser constantemente submetido à crítica e orientado para a transformação social.

Voltando a comentar sobre a poluição ambiental, cujas imagens acima são estarrecedoras, esta prejudica o funcionamento dos ecossistemas, chegando a matar várias espécies animais e vegetais. O homem também é prejudicado com este tipo de ação, pois depende muito dos recursos hídricos, do ar e do solo para sobreviver com qualidade de vida e saúde. Os principais poluentes ambientais são: chumbo, mercúrio, benzeno, enxofre, monóxido de carbono, pesticidas, dioxinas e gás carbônico. Soluções para combater esse mal devem vir de ações governamentais, incluindo, além da fiscalização sistemática e aplicação de multas às empresas e pessoas que poluem o meio ambiente, também a conscientização da população e desenvolvimento de programas de educação ambiental e incentivos governamentais para que as empresas utilizem fontes de energia limpa como, por exemplo, eólica e solar.

No que tange a poluição, esta é dividida em quatro fatores: 1) Poluição térmica: a temperatura do ar, ou da água, aumenta muito. No caso das águas, muitas vezes essa poluição térmica ocorre em virtude da utilização dela para o resfriamento de peças de grandes indústrias, sendo depois devolvida para seu lugar de origem. Assim, ela retorna com a temperatura mais alta, podendo provocar a morte de animais e outros seres vivos que vivem ali: 2) Poluição do ar, esta ocorre pelo aumento de gases poluentes na atmosfera. Esse fato prejudica a qualidade do ar, podendo provocar doenças respiratórias em diversas pessoas. Além disso, dependendo do gás em questão, muito outros problemas podem ocorrer como o aumento da temperatura, chuvas ácidas, etc. Alguns grandes responsáveis pela poluição do ar que fizemos por bem postar imagens são os escapamentos de veículos, indústrias, queimadas de florestas e incineração do lixo doméstico; 3) Poluição do solo: esta ocorre principalmente pelo acúmulo de agrotóxicos e de lixo, como restos de embalagens, comidas, plásticos, etc. Esse tipo de poluição compromete a vida dos seres vivos que ali habitam, e é capaz de contaminar os lençóis freáticos (água que fica acumulada abaixo do solo). Para evitar esse problema, devemos evitar usar embalagens desnecessárias, jogar fora o mínimo de coisas possível, buscando sempre reaproveitá-las e também mandar consertar aquilo que estragou; 4) Poluição da água: a principal causa da poluição das águas é o lançamento de lixo e esgoto nos rios, mares e lagos. O esgoto, por conter diversas impurezas, pode transmitir doenças infecciosas e contagiosas; causar a intoxicação e até mesmo a morte dos seres vivos que vivem ali, etc. Quanto ao lixo, o excesso de sacolas, garrafas PET e outros produtos de plástico, por exemplo, tem causado a poluição de diversas regiões do oceano com esse material.

Tudo isso é prejudicial à população mundial e causa uma degradação ambiental quase irreversível. Ela é o processo pela qual se tem uma redução dos potenciais recursos renováveis provocada por uma combinação de agentes agindo sobre o ambiente em questão. A desertificação também é uma forma de degradação ambiental. Qualquer processo que diminua a capacidade de um determinado ambiente em sustentar a vida é chamado de degradação ambiental. Essa redução, que leva ao abandono do ambiente, pode ser causada por processos naturais, como, por exemplo, ressecamento do clima atmosférico, processos de formação dos solos ou de erosão e até mesmo uma invasão natural de animais ou plantas nocivas. Pode ocorrer também, direta ou indiretamente, por ações antrópicas, ou seja, aquelas causadas pelo homem.


Hoje, em razão dos fatos e situações comentadas acima, podemos afirmar que a mãe natureza está triste. Dificilmente vemos animais nos campos, os rios estão secando, faltam águas nas represas, os regos d’água para embalar os monjolos estão secando. Não há mais quintais e nos campos dificilmente nascem flores. Que silêncio! Perdemos a alegria harmoniosa do canto nostálgico dos bem-te-vis, do rouco canto das araras, dos sabiás... E que suavidade e doçura a sua voz me acalentava ao amanhecer. Que despertar festivo e triunfante eles me davam, principalmente naquelas manhãs primaveris. O canto rouco ou nostálgico, não importa de qual ave seja, transcendia o imaginário. Parecia saber colocar cada nota e sabiamente relacionada com outras que repetia com maestria e o eco de sua voz cortava o espaço daquele rincão levando saudades e nostalgia a outros recantos. Notas musicais, uma diferente da outra, tudo em ordem, sem cacofonia, sem igualdade. E por falar em igualdade, também, conclui-se que os homens são assim. É a desigualdade que permite ordená-los e harmonizá-los. Cada pessoa é como uma pequena nota no concerto da humanidade. Cada nota é necessária e tem uma beleza particular. Por menor que ela seja, por menos que ela dure, coopera para a beleza do concerto. Cada homem, por menor que seja, tem uma beleza própria que lhe advém de ser o que ele é, um reflexo, uma imagem de Deus, diferente dos outros. Cada homem é único e tem em sua alma uma beleza própria. E é com essa beleza pessoal e única que cada um contribui para a beleza maior do conjunto, para o grande concerto da humanidade, que Deus compôs com sábia ordenação, com sapiencial desigualdade. Meu Deus! Tenho que deixar esta estrada que corta o Parque Ambiental, que felizmente hoje protege a fauna e flora e me faz recordar de um concerto de outrora que me traz saudade: a voz do galo Barnabé, o canto das seriemas, dos bem-te-vis, dos sabiás e das harmonias do seu canto! E que saudades dos ipês coloridos, das flores que ornamentavam os quintais, das ribanceiras verdejantes e dos campos zelosamente cuidado pelos nossos ancestrais. Quando voltarão a cantar os galos, os bem-te-vis, os sabiás..., e ao anoitecer, o curiango, naquele cerrado íngreme? Quando voltará tudo isso? Quando voltará a se ouvir na terra o concerto humanístico da humanidade.
VANDERLAN DOMINGOS. Advogado, escritor, missionário e ambientalista. É Vice Presidente da União Brasileira dos Escritores em Goiás; Membro da Academia de Letras de Morrinhos e da ALCAI – Academia de Letras, Ciências e Artes de Inhumas. Foi agraciado com Título Honorífico de Cidadão Goianiense. Escreve todas as quartas-feiras para o Dário da Manhã. Email: vdelon@hotmail.com Blog: vanderlandomingos. blogspot.com Site: www.ongvisaoambiental.org.br





domingo, 10 de novembro de 2013

Discurso - Posse na Academia Morrinhense de Letras



Permitam-me não revelar a minha idade, haja vista que os cabelos grisalhos já falam por mim. Para se chegar a ela podem ter a certeza de que foi dura a minha batalha pela sobrevivência. Foram altos e baixos, mas tudo que aconteceu de bom ou ruim, me fez crescer profissionalmente, moralmente e espiritualmente. Esta idade nada tem a ver com numerologia, mas com sobrevivência mesmo! Devo ter nascido contra a vontade dos astros na Fazenda São Domingos dos Olhos D’água, município de Morrinhos conhecida como a cidade dos pomares, lugar aprazível que eu não vi crescer, pois meu pai João, ainda jovem, aqui faleceu e sem recursos, a minha mãe Carolina, uma guerreira, que hoje também se encontra em outra dimensão, foi obrigada a nos levar para Goiânia em busca da tal sobrevivência. Ela pegou um pequeno ônibus, à época, apelidado de “jardineira”, viajou pela estrada de chão levando contigo nove filhos, a maioria de menor idade. 

Ainda menino naquele ônibus, lembro-me vagamente que estava amparado pelos seus braços fortes e que deixou a pequena cidade de Morrinhos, em busca de um novo lar, de uma vida melhor na Capital. Pela estrada de chão, esburacada, o ônibus seguia célere deixando para trás uma poeira fina que se esparramava com o auxílio do vento, apagando imagens de um passado como se nela tivesse impregnada a borracha do tempo e, lá dentro, sacudidos pela trepidação, outros passageiros também sonhavam com um mundo melhor, mas, receosos de não conseguirem alcançar o seu intento seguiam silenciosos. Pela fresta da janela passava o vento e em seu colo sentia a sua pureza de mãe, enquanto sua mente contabilizava os quilômetros emplacados estrada afora, e de forma sutil, seus olhos ainda tinham a sensibilidade de contemplar a natureza, cujos vales, serras e montes iam passando velozmente à medida que o veículo seguia rumo ao seu destino. O seu semblante jovem transpirava dor e saudade de nosso pai, ainda jovem, morto de forma trágica, no entanto, mesmo assim, soube manusear as rédeas do destino, frear e puxar  o cabresto que construiu usando cordas de ternura que acostava aos filhos, para, no momento certo, poder puxar, exigir ou se recusar, até de forma obstinada, qualquer coisa que lhe contrariasse ou entristecia seu coração.

Naquele ônibus, antes de afundar no seu mar de sonhos sabia que mais adiante, mesmo sem teto, não poderia se curvar diante das adversidades que surgiriam, pois teria que sustentar e agasalhar nove filhos,   talvez, fazendo faxinas em residências ou usando os carrinhos de madeira para buscar peças de roupas em bairros distantes, lavá-las no tanque da integridade e pendurá-las no varal da vida sob um sol escaldante. Tempo em que talvez não tenha contabilizado; tempo que lhe consumiu o corpo e fez aparecer os   primeiros cabelos brancos protagonizados por este mesmo tempo.

Ontem, debruçado na janela, tentava amparar o queixo com as mãos, olhava o horizonte poente e aguçava os olhos que naquele instante eram a janela de minha alma que tentavam recuperar a  imagem de uma mulher guerreira, que fora levada pelo tempo, sem motivo, como se fosse uma simples folha seca... Talvez, seja este o padrão diariamente imposto a elas, mulheres da vida real, modernas, mas sem realeza, sem personal trainer, sem personal dieter, que à noite, assim como eu, mesmo com os olhos embaçados, se debruçam na janela, sem nada a ouvir, sem expressar sorrisos, e se sentem dominadas por um exército de gente que não as entendem e nem procuram saber que também sonham. Quieto naquele quadriculado nostálgico e nem um pouco lúdico, nem vi o tempo passar quando os meus olhos voltaram a se inclinar novamente sobre a janela da minha alma e enxergarem a poucos metros dali árvores centenárias também debruçarem os ramos, assim como, ver transformados os cabelos de minha mãe em louras mechas e o sol e a lua se porem e nascerem soberbos. Mesmo cansados, sei que somente queriam é que eu vivesse uma existência efêmera, mas encantada... Eu procurava entender isso e saber que um dia tudo iria extinguir-se, então, não nada mais me restaria. Todavia, era deslumbrante ver a primavera se antecipar florindo jardins e os Ipês, cujas flores caíam e deixavam o chão colorido, que minutos antes, tinha sido molhado por pequenas gotas de chuva rapidamente secadas em face escaldante sol que já se despedia detrás da selva de prédios. 

Quando nasci, de forma irônica, a parteira que me ajudou a vir ao mundo, devia ser uma distraída, mas, de certo modo, possuidora de um espírito crítico iluminado, pois disse no momento que nasci que eu era bonitão. Era 03 de fevereiro de 1949. Nascia mais um aquariano. Mas, para receber uma mísera herança, me emanciparam, e hoje consta na minha Certidão de Nascimento o ano de 1948. Um ano a mais, mas, é como outro qualquer, tanto é que, às vezes, nem importo, pois muitos dizem que nem aparento ter esta idade. Cresci sem bolo, sem vela de aniversário, sem pedidos, sem brinquedos e durante muito tempo o travesseiro foi meu melhor amigo. Ele era triste também. Aprendi a conversar com ele e dizer a verdade. Mentir não é coisa minha. Sem sono passei muitas noites contando carneirinhos e no mundo dos sonhos me tornei um dos maiores produtores desses animais, que guardava com carinho nos currais da vida que construía a cada sonho. Tinha certas noites que contava de três em três dada à quantidade que se acumulava nas minhas insônias. Quando conseguia dormir, doía, assim como a vida. Demorei a gostar de viver e tinha uma tristeza que me visitava até mesmo nos dias de alegria. Por conta disso, aprendi a sorrir com economia, mas quando me permitia sorrir, sorria com vontade, e por conta de minha tenra idade, alguns dentes me abandonaram, então, deixei para rir somente quando estava diante do espelho. Gostava de ver a “janelinha” entre os dentes. Quando meu pai morreu não tinha nem cinco anos de idade e o seu corpo estirado no chão naquela manhã fatídica diziam que tinha sido eliminado por um fio de alta tensão. Era pequeno demais para entender aquela cena e compreensível os fantasmas não me perseguirem e não quererem me adotar. Achei esquisito como a morte se apresentou para mim pela primeira vez, daquele modo, ainda criança, de forma tão violenta. Naquela época não morria tanta gente assim, eletrocutadas. 

Já em Goiânia, vi o asfalto chegar tatuando as ruas poentas e com pés descalços, gostava de empurrar sobre elas um carrinho de madeira que carregava esterco, ou uma tabuinha com furinhos cheios de pirulitos que vendia para ajudar no sustento da família, mas, rindo como se fosse feliz, como se fosse outro qualquer. Não sei por que, mas o carinho do vento que cortava as ruas amenizava o meu coração-menino e me deixava besta. Um ser vivente, livre como a um pássaro e voava em busca do imaginário, de sonhos talvez impossíveis. Certo dia, cansado das bolinhas de gude, das fincas, das bolas feitas de meia que recheava de palhas de arroz e de empinar pipas em dias sem vento, uma maçã do amor que mordi num parque de diversão, lambeu meus beiços e chegou ao coração. Achei que estava doente. Tão desacostumado com a alegria, chorei de felicidade. Lágrimas doces. Não é coisa de poeta, eram doces mesmo! Naquele dia até meu travesseiro chorou e molhou o lençol branco onde fiz questão de derramar junto delas as minhas, que desciam mansas pela minha face. Foi a primeira vez que me senti um “bitelão”. Não lembro mais do rosto dela, mas sei que sua boca era perfeita demais e tinha os dentes branquinhos como algodão.

Ainda pequeno, com uma caixa de engraxar sapatos, comecei a trabalhar. Toda vez que passava pelo portão nem percebia a tristeza fazendo sombra no meu sol. Ele, antes de entregar a noite à lua, me ensinava o valor da liberdade, da honradez e honestidade. Era viciado em livros infantis, gibi, revistas em quadrinhos e em certos momentos eu parecia fugir das galés. Cada remada nas páginas da vida, mais gibis, mais livros, mais revistas. Em cada um ou uma, descobria continentes, astros, ídolos, atores, autores, heróis, gentes diferentes, importantes que me faziam sonhar. Aprendi a conhecer os oceanos, a amar o mundo e achar atalhos para o coração sem me tornar moleque ou escravo de ninguém. No meu primeiro livro já corroído pelas intempéries do tempo, tentei construir nele um sonho, sem saber que tinha, em seguida, outros, que por mais singelos que foram, sei que ensinaram pessoas a gostarem de leitura e poesia. Eu gostava e gosto de escrever, divulgar e botar fogo no pavio para incendiar mentes preguiçosas. Pessoas que não liam agora começa a ler. Tem gente que voltou a estudar só para aprender a escrever publicar artigos e poesias em jornais.  Voltei a sorrir no lugar que me fazia chorar. Outro dia até cantei, desafinado, fiz graça da desgraça alheia embutindo nela frases poéticas. Tem dia que tudo é poesia. Engraçado, de tanto escrever e tentar levar mensagens a cada um, indistintamente, acabo fazendo essas pessoas felizes. Certo dia estava sorrindo distraidamente e uma pessoa me perguntou por quê? Naquele dia fiquei sem entender, agora eu sei. O amor de minha mulher, dos filhos, noras, genro, netos e netas me deixam feliz. Dificilmente a gente se dá conta do sorriso de uma criança, do voo bisonho de uma garça ou da graça de uma borboleta, do perfume de uma flor, do canto de um pássaro, do doce de uma fruta; não percebemos a perfeição, o espírito revolucionário e aventureiro da juventude, quando todas as utopias eram possíveis assim como a maravilha e o esplendor da criação de Deus.

Durante a minha caminhada, ao ouvir os desabafos de toda espécie, restou-me sentir na profundeza da alma que o ser humano está acéfalo e em face dessa acefalia moral da sociedade tento compreender a minha própria história: eu era um menino pobre, pés descalços, que percorreu ruas poeirentas e engraxava sapatos para sobreviver e, nas andanças, procurava buscar aquilo que muitos não tiveram e foram negados pela sociedade: uma família, um lar, mesmo humilde, mas de verdade. Naquele casebre, entre os desabafos, senti que a fome batia à porta do estômago de uma criança vizinha, com a  boca seca, pele encardida, lábios rachados,  desnutrida e o corpo todo reagia conforme as variações da velocidade de um móvel da unidade do tempo; ele olhava a prateleira e nada via; nada que podia suprir a dor imposta pela fome. Outro menino, menos franzino, de olhos castanhos arregalados, saiu para a rua e se encontrou com outros na mesma situação. Formou-se um bando e a cidade trancou suas portas com medo do absurdo, esta mesma cidade que viu e vê tudo sem levantar o bastão que tem poderes de abrir portas e nelas colocar o amor e a dignidade.  São contrastes absurdos que a gente assiste na vida real. 

Sei que a felicidade tem dívidas em relação a mim, por isso não faz mais do que a obrigação de me manter alegre, satisfeito e ser solidário. Mesmo feliz muitas vezes fico revoltado, mas sei que isto faz parte do ser humano. Como hoje, onde estou sendo agraciado por esta Academia. Há datas que sempre farão parte de minha história. Por exemplo: O cantor Wando morreu no mesmo dia em que fui internado. Não tive medo. Por coincidência, o procedimento cirúrgico foi o mesmo. Eu gostava das músicas e do jeitão que ele cantava. Noutro exemplo, eu sabia dançar bem, era um “pé de valsa” agora... Perdi o jeitão, as pernas não obedecem como antigamente, mas, pelos menos, a minha mente continua boa para remoer lembranças. Faço aniversário em época de calor. Em pleno verão. Por isso careço do sopro dos ventos para amenizar a estrada da minha vida e estes mesmos ventos, inspiro para dentro do meu peito para abafar o calor do coração. Não sei quem me disse que estou ficando velho, desconfio que seja o contrário, pois me sinto apenas mais experiente. Apesar dos cabelos que começam a embranquecer estou aprendendo a ser jovem, mas quando corro, é claro, não dá para disfarçar que passei dos sessenta, mas, mesmo assim, quero ter a sabedoria de um ancião, a maturidade de um adulto, o espírito de um adolescente, ver o mundo com os olhos de uma criança, ser feliz, rir de tudo e até de mim mesmo.

De vez em quando eu fico rindo sem saber por que. Um riso espontâneo, sem malícia. Deve ser riso represado. Rir é da hora. Agora que acostumei ando esperto, controlo o riso. O destino não é confiável como não são confiáveis muitas pessoas que recebem nossos risos. Gosto de rir com amigos e amigas. E falando neles, tenho muitos. Amigos são pessoas que a gente escolhe para sorrir com a gente. Pode até chorar, mas tem que rir também. Descobri com o tempo que amigos amparam, estão com a gente para o que “der e vier”, por isso, queria agradecê-los hoje por me receber efetivamente nesta Academia, onde assumo, como muita honra a cadeira n.º 15 que pertencia ao saudoso escritor José Flausino Sobrinho e tinha como patrono, o saudoso professor, ex-deputado Estadual, Federal, e ex-presidente da Academia Goiana de Letras, o escritor Pedro Celestino da Silva Filho, ou simplesmente, Celestino Filho.
Ontem, levantei preocupado em face da responsabilidade que iria assumir nesta Academia de Letras de minha bela cidade de Morrinhos.  Esta preocupação eu destaco, às vezes, pela falta tempo porque são muitas as minhas atribuições diárias, e por mais que tento controlá-lo ele não sobra. Da Capital Goiânia até esta minha cidade natal rasguei o asfalto e consumi a quilometram em menos de duas horas, e neste local aprazível sempre senti um aconchego, em suma, eu me dou bem, mas acredito secretamente que com o tempo fui conquistando-a e sendo conquistado, mesmo sabendo que não posso provar isso, só gosto de pensar assim, afinal, esse danado do tempo já conhecia meus horários, minhas obrigações profissionais e sociais, assim como, a minha cara de choro quando adentro esta cidade e logo me vejo diante do Cristo Redentor de braços abertos a me recepcionar. A emoção da chegada me faz explodir em lágrimas porque ELE faz lembrar-me de meu falecido pai e ao descer do veículo sempre me sinto como a um espírito e percebo que para mim ele não morreu e continua impregnando seu amor em meu coração, e por instantes, descubro que esta deve ser, sem a menor dúvida, a melhor coisa a acontecer a alguém (mesmo que este alguém seja um espírito...).
Vou parar por aqui, o texto já está meio sem nexo e um pouco esquisito,  pode ser que algumas penas sapientes tenham se soltado das asas de minha imaginação quando redigia causando estragos às minhas idéias, fato que, talvez, me fez extrapolar o limite e cansar os ouvidos de vocês que me honram com suas presenças e dos mestres acadêmicos que hoje me empossam nesta  augusta Academia Morrinhense de Letras.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

EDITORIAL





                Caro leitor,
                A criação da ONG Visão Ambiental tem o objetivo de levar ao ambientalista e a todos que lutam pela preservação da natureza uma visão real daquilo que vem ocorrendo no mundo e principalmente em Goiás, onde você terá a oportunidade de sentir o encanto e o prazer da através da leitura de textos, legislação ambiental, produções de slides, fotos e outras informações importantes sobre o meio ambiente. Basta clicar em quaisquer ícones que você verá coisas importantes sobre o meio ambiente e conhecerá locais aprazíveis, talvez ainda desconhecidos pelo nobre leitor.
                A importância da natureza significa a nossa vida e esperança de viver, porque sem as árvores não teremos o oxigênio, sem as plantas também não haverá frutos e consequentemente, não teremos sementes para reproduzi-las e manter o nosso ar puro. A escassez das águas e as impurezas jogadas sobre elas também é nossa preocupação. A preservação de floresta que está sendo destruída ilegalmente pelo homem também será outro ponto de nossa luta. As queimadas poluem o ar, destroem o solo e matam animais. Vamos nos unir, acabar com essa degradação ambiental. O meio ambiente é uma coisa salutar e que todas as pessoas deveriam cuidar, pois é ele que nos sustenta.
                O meio ambiente interfere diretamente na vida humana e não há como dissociá-los. Todavia, as forças que o agregam nem sempre atingem o ponto de equilíbrio ideal para atender às necessidades de todos os elementos envolvidos. Nesse ínterim e primordial que entre o Poder Público, de forma a determinar limites e preservar o bem comum, através de legislação específica para cada situação. Dentre esses parâmetros vem o licenciamento ambiental que é o instrumento fundamental na busca do desenvolvimento sustentável. Sua contribuição é direta e visa a encontrar o convívio equilibrado entre ação econômica do homem e o meio ambiente onde se insere. Corrobora-se com essa assertiva, a busca da compatibilidade do desenvolvimento econômico e da livre iniciativa com o meio ambiente, dentro de sua capacidade de regeneração e permanência.
                Esse é o objetivo da Visão Ambiental: contribuir com a divulgação desse importante instrumento inserido pela Política Nacional do Meio Ambiente, quanto ao correto trato das questões ambientais e à preservação do meio ambiente para as presentes e futuras gerações como se vê disposto no Art. 225 da Constituição Federal.
Vanderlan Domingos de Souza
Presidente

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